terça-feira, 17 de janeiro de 2012

...do que eu acabo percebendo

Postado Por Keth Postado As 12:33 Com 1 Comentario
Quando você passa muito tempo sozinha, você passa a idealizar duas coisas - 1) quais são as vantagens da solidão e 2) quais seriam as características (diga-se, impossíveis de alcançar) de alguém que te fizesse sair dela... e isso acontece porque, pelo menos pra quem mora em Rio Branco, a solidão acaba parecendo uma excelente opção. Ser sozinha parece, realmente, mais atrativo que ficar com um carinha arrogante em final de balada ruim ou do que disputar espaço com "moças de família que não sentem frio"*

A solidão é uma especíe de limbo emocional, um lugar meio sombrio, meio céu e meio inferno... porque, apesar de parecer ruim, ela, paradoxalmente, te proporciona os melhores momentos de você com você mesma.

O que acho complicado na solidão é que ela fortalece justamente o medo de se relacionar com outra pessoa... o medo de sair da sua zona de conforto com os seus fantasminhas camaradas que vc já conhece tão bem pra te colocar numa zona desconhecida e cheia de novos desafios.

Então você pensa em ter alguém com tantas qualidades que, se essa pessoa existisse, de verdade, seria chata demais (até) pra vc... embora nos seus "planos mirabolantes" aquele pareça, sim, ser o protótipo ideal de parceiro.

Estou escrevendo na terceira pessoa fatos que se passaram comigo... é, tenho manias estranhas rs...

Eu pensei que queria um homem inteligente, bonito (tá, essa parte é meio mentira rs), bem sucedido, resolvido, bom de cama (excelente de cama, pq isso é legal rs), que goste de criança e trate bem minhas filhas, que goste de viajar, que seja educado, que me surpreenda... eu queria alguém tipo o Ken (sim o da Barbie) só que macho.

Mas a vida... essa danada, não tem roteiro... aí você não encontra ninguém....


Entretanto... quem sabe, você pode ser ENCONTRADA por alguém, alguém que te ache incialmente estranha, meio doida e fora dos padrões, mas que ainda assim tenha uma curiosidade relativamente grande em saber mais de você, que suspeite que você é um pouco além de todos os sorrisos e simpatias de um primeiro encontro com cerveja e amigos por perto, que não leve em consideração suas tentativas de fugir... fugir da proposta de relação, da pessoa, e até de si mesma... que queira você na calmaria da sua casa, diante de uma tv, com uma programação qualquer, que passe a tentar te conhecer como pessoa, e, especialmente, como mulher...

Aí... então, quem sabe, aí sim, vc passe a descobrir que precisa é de alguém que te dê colo no final do dia, que tome a cerveja do fim do expediente com você, porque só em te olhar a pessoa já consegue detectar que teu dia não foi fácil, que te prepare o café da manhã, que grave vários cds com as músicas que vc mais gosta, porque entende que vc dirige mais calma quando ouve uma música, alguém que cuide de você quando vc tá na TPM, que te ache linda (mesmo) sem maquiagem, que te faça bem, que te cause torpor, que tenha bom humor, carinho e afago, que saiba que vc tem um milhão de coisas pra dar conta, mas que ao final de tudo isso, vc é frágil.

Alguém que pode até ser "inteligente, bonito (tá, essa parte é meio mentira rs), bem sucedido, resolvido, bom de cama (excelente de cama, pq isso é legal rs), que goste de criança e trate bem minhas filhas, que goste de viajar, que seja educado, que me surpreenda... eu queria alguém tipo o Ken (sim o da Barbie) só que macho." mas, que para além disso, seja real.

Depois de um tanto de decepções amorosas, é bom viver uma situação que não represente um drama cósmico, que seja mais dia a dia, que te chateie (mas só um pouco), que te deixe feliz, que te cause ansiedade, mas não te faça morrer por isso... que te cause medo, mas que te dê segurança quando ela for preciso... é bom que alguém saiba a hora de olhar pra você e dizer "eu estou aqui" e que isso signifique exatamente isso...


Das coisas que tenho percebido... entendido... uma delas me chama bemmm mais a atenção nesse momento... é que não é o fato de ter planos pro futuro o que realmente importa, mas o fato de não ter medo dele... ;)




"moças de família que não sentem frio"* - piriguetis

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ele nem precisa vir num "cavalo branco"...

Postado Por Keth Postado As 06:44 Com 3 Comentarios
Sempre brinco com as amigas baseada naquelas dicas da "CAPRICHO" de que "a gente precisa se fantasiar como se fosse a uma formatura antes de ir comprar o pão na padaria da esquina, porque lá pode estar seu grande amor".... porque, sinceramente (de bowa), se um cara precisa me ver toda montada pra poder ser meu grande amor, eu sinto (mto de verdade) que não terei um vestígio, qualquer que seja, de sorte no amor.

O fato é que pra uma pessoa que precisa resolver uma vida inteira sozinha, estar sempre montada é cansativo. É sim!

Queria encontrar na padaria da esquina (ou no barzinho ou onde quer que seja) um cara que me achasse interessante, assim, com meus dentes e nariz grandes, que me achasse "delicinha" mesmo que eu faça parte daquela parte excluída da sociedade que, pasmem, ainda não fez nenhum plástica, que se interessasse pelo que eu falo, que visse um certo charme no meu jeito de sorrir ou de mexer nos cabelos, sei lá... eu queria "um amor da minha vida" mais perto da realidade, que soubesse (quem sabe) trocar lâmpadas ou fazer essas tarefas de casa ou que entenda de carro ou de cotação do dólar... sabe... essas coisas que a gente odeia ter que fazer sozinha...

E, bem da verdade, eu adoraria que as coisas acontecessem sem prévia programação (sim!), porque eu sou uma mulher moderna, sabe? Sim, eu sou cheia de medos e eu tenho uma tendência super natural de me boicotar pra evitar relacionamentos porque eu tenho um medo "filha da puta" de sofrer por conta disso. Sou dessas! Bem contemporânea, mesmo!

E que de repente, numa quarta-feira cansativa alguém me enxergue mesmo que eu esteja naquele momento "beleza natural de fim do expediente" e sem por que nem pra que, ainda assim, eu possa parecer interessante... porque é, exatamente, quando parece não ser possível que a vida acontece.

Chega um ponto que a gente só deseja "que o amor seja uma coisa boa" e perde aquela ansiedade de viver paixões avassaladoras, a gente até troca isso por um BOM sexo (aaaaahhhhh, troca fácil!rs)... chega um ponto que o que a gente quer é uma pessoa pra dividir a vida e as intempéries do dia a dia e passa a entender que isso vale mais que encontrar o príncipe encantado, chega um ponto que a vida é real e, pra esse ponto, a gente também quer um amor real.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor? Não Sem Compromisso!!!

Postado Por Keth Postado As 09:47 Com Sem Comentarios

Eu estava ali, vivendo minha vidinha e trabalhando em ritmo alucinado, quando comecei a me questionar onde estava minha capacidade de me apaixonar perdidamente e morrer de amor...? em que momento, exatamente, eu perdi a capacidade em viver um relacionamento e, definitivamente, por quê eu não me dou, nem mesmo, a chance de tentar.... mas aí, eu ficava logo cansada e dormia, ou tomava uma cerveja, ou criava filhas, ou cumpria meu papel de filha, amiga, irmã... ou ia fazer depilação, enfim... eram questionamentos tipo "vontade", que "dá e passa"...

Então, ontem a noite, às 22h, quando eu saí do trabalho (sim, eu tô de mimimi pq ando trabalhando demais rs) eu cheguei em casa com o corpo exausto e a cabeça ainda a mil, por isso resolvi ver filminho até acalmar o suficiente pra dormir... foi quando me surpreendi com "Sexo Sem Compromisso"

O filme é uma comédia romântica dessas que a gente já entende até o enredo, a atuação dos atores é divertida, nas não excepcional, o roteiro é simples, linear, os atores coadjuvantes são engraçados naquele estilo americano de graça.... mas o fato é que no fim do filme, quando eles realmente ficaram juntos (sim, eu conto logo pq comédia romântica que se preze acaba com o casal feliz) eu cai no choro...

Eu me senti no lugar da personagem, eu me vi nela... eu tenho medo (é isso!!!), medo que tudo comece a se complicar demais, medo que a pessoa descubra os meus defeitos (e por isso resolva ir embora), medo de começar a gostar demais da presença, medo de adorar o que começa a acontecer... "medo porque dói" (fala do filme que eu gostei mto)... porque parece mais simples manter a idéia do controle do que evitar a idéia de felicidade ... medo... é isso, medo!

Fiquei mexida.... 

Recomendo o filme... com pipoca e clima ameno, vale conferir!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"e eu que não sei quase nada do mar..."

Postado Por Keth Postado As 09:38 Com Sem Comentarios
fonte da "foto": http://abraobico.blogspot.com


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

outros me relatando...

Postado Por Keth Postado As 12:13 Com Sem Comentarios
"A vida te dá uma rasteira. 
Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: Paixão nunca mais. 

Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito pra fazer música, poesia e roteiro de cinema. E você inventa....

Um amor pra distrair. Um amor pra ins-pirar, um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase-amor ali....

 Ainda bem que existem os amigos, para amar, abraçar, sorrir, cantar, escrever em recibos e tirar fotos bonitas. E a vida segue. Sua imaginação te preenche, e seus amigos te dão colo, Vodka* e dias incríveis!!!"
compilado de: http://olhosdgueixa.blogspot.com/

* eu prefiro Tequila rs

terça-feira, 1 de novembro de 2011

sobre ver flores (em mim)...

Postado Por Keth Postado As 10:29 Com Sem Comentarios

Eu me sinto tão absolutamente feliz com a chegada de novembro que eu poderia, até, falar de amor..., dançar, andar descalça, ser mais leve, praticar a simpatia no trânsito (exagero!)rs, lutar pela paz mundial... 

Eu poderia fazer amor com a alma, mesmo usando o corpo, eu poderia escrever lindos versos, postar belas imagens, ser popular nas redes sociais... 

Eu poderia não reclamar de trabalhar tanto (até pq eu adoro trabalhar! #soudessas) e rir até a barriga doer daqueles diálogos que eu só consigo ter com Isadora e Letícia... eu poderia... é... eu poderia....

O fato é que eu estou feliz e, a excessão do comportamento ao volante, todas as outras coisas eu tenho feito... eu tenho me sentido tão bem, tão em paz... tão "poxa Deus, que bom, obrigada!"...

A minha felicidade não tem um nome, mas tem gostos, cheiros, nuances... ela é palatável e palpável também! Ela tem gosto de agradecimento, de realização, de quase satisfação... ela tem expessura de "quero mais".... porque ela vem assim, de dentro, de fora, de mim, do que eu consegui entender, do que deixou de incomodar... ela não tem uma forma humana e uma dependência velada do comportamento alheio... ela é minha... ela é simples e leve.

A vida... essa linda! Eu adoro quando ela me sorri!

"doce novembro".... que nos seja gentil!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

aaaaahhhh.... a pós-modernidade....

Postado Por Keth Postado As 10:02 Com Sem Comentarios
Sempre ouvi relatos de amigas que não querem ter filhos dizendo o quanto a sociedade as trata mal e desumanamete por isso... como se "ser mãe" fosse um dom natural de todas as mulheres. A verdade é que "reproduzir" está ao alcance de quase todas as mulheres, ser mãe é outra história....

Mas isso é discussão pra "grupos de estudos" não pra um blog de temas "mulherzinha"... também é minha referência pra forma que a sociedade encara quem não quer estar "em um relacionamento sério" (sim, eu trollo com o status do facebook!).

Todo mundo acha que mulher solteira ou está disponível ou está realmente desesperada. Ou, como diz um amigo, "está focando na carreira".

A verdade é que sentimos sim (e muita) falta de sexo!
O sexo também relaxa as mulheres, sabia? 
Existe sim a falta da trepada ou da rapidinha ou de ambas, tem a falta do amor gostosinho, do sacana, enfim... o Kama Sutra deixa saudades, isso é fato!rs

Mas, creiam... pras mulheres (pelos menos pra grande parte das que eu conheço) há um distanciamento significativo entre falta de sexo e falta de amor. E não nos dói tanto quanto aparenta abrir mão do primeiro em detrimento do segundo.

O amor que as mulheres procuram não está à venda no supermercado. Esse amor que faz falta, às vezes, é facilmente substituido por uma boa conversa com os amigos (daqueles almoços que te faz rir com o coração), por um tempo em família, por um momento "sou foda de qualidade" no trabalho, por um tempo com Deus, por felicidade, essa coisa que, choque-se, não está guardada num homem.

É bem verdade que temos TPM e ficamos carentes, mas aí é culpa dos hormônios, porque, colega, querer equilíbrio da gente o tempo todo é complicado, viu? Já temos que andar de salto e fazer depilação, permitam, por gentileza, que nossos hormônios tenham vida própria pelo menos por uma semana no mês (se vc confia em um "bixo"* que sangra e não morre, culpe a sociedade e não a mim)

Mas o fato é que não tem porque continuar acreditando que a gente está a espera do príncipe encantado. Não estamos! Não da forma que todo mundo acha que estamos!

Jogando limpo, é excelente o tempo do encantamento, ligações, mensagens, almoços, jantares, primeiras transas. Tudo muito legal, né? Mas tem momentos que isso cansa, que não supre necessidades. Ser interessante e bonita (e depilada) o tempo todo, cansa... exaure, especialemente pra quem tem que trabalhar duro, criar filhos, estudar e ser magra.

Existem sim os momentos em que o foco é carreira. Porque no fim das contas, se vc for sincera com ele, o cartão de crédito não vai te cobrar além do que foi acordado entre vcs. Existem sim, os momentos de se dedicar aos filhos, porque ao final, eles é quem vão fazer o teu esforço ter sentido. Existem sim os momentos de cuidar do corpo, da alma, dos amigos... existem os momentos que vc quer ter e ser só pra vc. E existe a preguiça de largar tudo isso pra entrar numa coisa que começa bem e termina "como sempre".

As relações não são as coisas mais importantes na vida de uma mulher (por favor, sociedade, tente sobreviver a isso) Um relacionamento seria deveras importante, quase fundamental... mas ele não está tão ao dispor quanto estão as relações.

Esperar não seria nem a palavra, mas viver até que aconteça define bem o que se passa pela minha cabeça.

p.s1 - eu usei o termo "mulheres" o tempo todo, mas estou falando de mim, ok? Única e exclusivamente baseada nas minhas percepções, se vc se identifica, vc é uma linda e se não, tbm é uma linda!rs
p.s.2 - *eu sei que bicho é grafado com ch, tá bom?rs

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

sobre ter 31 anos... (sucintamente "falando")

Postado Por Keth Postado As 09:25 Com Sem Comentarios
Todos os anos quando meu aniversário tá chegando, sempre gosto de “parar um pouco o mundo e descer”...(nesse 09 de outubro não foi diferente rs)

Gosto de refletir sobre como eu estava a um ano atrás, a dois, a dez, gosto de avaliar se as coisas realmente mudaram e, mais que isso, como estas mudanças impactaram na minha vida.

Esse ano, claro, não foi diferente dos anteriores.

As coisas mudaram?
Na verdade, nem tanto!

O que mudou, realmente, foi essa que vos escreve!

Há um “quê” de calma, de tranqüilidade ou mesmo e somente, de falta de ansiedade, há mais foco, menos medo, há mais segurança e menos pressa. Há menos necessidade de uma relação por saber que é possível esperar por um relacionamento.

Os objetivos são outros e, conseqüentemente, os caminhos também.

Eu me sinto mais leve, mais feliz, mais plena.
Eu me sinto bem.

Me sinto mais viva que nunca, mais capaz, mais possível... como se eu pudesse tudo que eu quisesse, desde que feito com prudência.

Também e finalmente me cansei de alguns pesos/pessoas que carreguei ao longo dos anos. Sinto que chegou a hora de seguir sem elas. Necessito me renovar na ausência de tudo que carreguei esse tempo todo.

A maternidade nunca me fez tão bem quanto agora.
A certeza de Deus na minha vida nunca havia sido tão necessária.
A família nunca fora tão importante e os amigos tão fundamentais.
A sexualidade nunca havia sido tão gostosa.

Tudo anda fluindo de uma forma deliciosamente boa.

Sabe qual a minha avaliação pelos 11.315 dias vividos, mais especificamente pelos 31 anos de vida?

É unicamente a certeza que – ser feliz é muito bom!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre esperar...

Postado Por Keth Postado As 10:58 Com Sem Comentarios
Todo mundo tem seus desejos de aconchego e também de desassossego... como se o amor tivesse que desestabilizar antes de promover segurança... todo mundo sempre espera alguma coisa, talvez a paz da presença ou a instabilidade da falta... espera, quem sabe, encontrar paz na falta e aprender a lidar com a instabilidade da presença também... todo mundo sempre espera alguma coisa.. sempre anseia e sempre deseja... mesmo quando essas coisas estão desconhecidas... ainda assim, sempre existe uma espera... como se o coração fosse sempre um ponto de chegadas e partidas.

E eu, por enquanto, só espero sobreviver a mim mesma!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Quem mente rouba...

Postado Por Keth Postado As 06:40 Com Sem Comentarios

Eu não consigo viver eternamente “com o pé atrás”, “com as antenas ligadas” ou, seja lá qual for a característica de quem nunca relaxa... eu nem demoro tanto assim a confiar nas pessoas... eu sou dessas, sou boba... tenho bom coração, de difícil mesmo, só o gênio.

Mas daí que vc tá ali, fazendo a linha “tentando ser feliz e resolvendo dar uma chance a si mesmo” e a pessoa vai e... te sacaneia! simples assim!

As pessoas, na verdade, ou pelo menos àquelas com quem tenho convivido com mais freqüência, sacaneiam as outras numa tranqüilidade incômoda, será que vc sabe como é isso? É estranho... Mas pra elas soa numa naturalidade que olhaaaaaa....

Então seria, talvez, esse o momento de entender que maturidade é jogar todo mundo na vala comum e tratar a tudo e a todos com desconfiança? 

E se, apesar de todos, eu ainda não quiser? 

Será que a vida é mesmo a sucessão das minhas péssimas escolhas, de todas essas que eu cometo uma após a outra porque talvez devesse filtrar melhor. 

E desde quando pessoas devem ser filtradas?

O fato é que, no fundo, não importa o quanto você tente evitar que uma situação aconteça, que uma história seja o que ela tem que ser... Ainda assim, apesar e acima de todos os seus receios, é provável que você se machuque.

Existem pessoas que falam bem, que sabem se colocar a disposição das outras, que sabem ser submissas, disponíveis, românticas, apaixonadas e.... MENTIROSAS!

Eu só não entendo o que leva uma pessoa a criar todo esse circo... que tesão sórdido é esse que existe em enganar e brincar com a vida e os sentimentos alheios?

Quem mente, rouba!

Nem que sejam só as expectativas do outro...

Mas, há que se pensar na possibilidade de roubar mais...

De roubar sonhos, perspectivas, sentimentos bons, histórias...

Quem mente, leva embora consigo e com sua mentira o que fora construído, porque não existe história que sobreviva a mentira.

A mentira é a arma impulsionadora da célebre frase de que “tudo que é sólido se desmancha no ar”... porque quando a mentira chega, ela leva, automaticamente, tudo que existiu.

Quem mente rouba o respeito, carinho e consideração que foram gerados e alimentados anteriormente, rouba as conversas que existiram, os sorrisos, as músicas, os beijos, rouba tudo que existiu.

Quem mente rouba a chance de escolha do outro, rouba tudo... 

A única coisa que quem mente NÃO rouba é a dor!